Componentes da emoção

Você já parou para pensar sobre como começa uma emoção?

As emoções ocorrem em dois tipos de circunstâncias:

1

Quando o organismo processa certas situações através de seu sistema sensorial como, por exemplo, se vermos um rosto ou lugar familiar.

2

Quando a mente conspira, fantasia, inventa diante da memória de certas situações e representa imagens no processo do pensamento. Isso pode acontecer se, por exemplo, lembrarmos de um rosto ou lugar que não existe mais, de um parente falecido ou imaginar determinada situação.

Segundo Eve Ekman, pesquisadora do tema, a emoção é um processo onde podem ser destacadas três etapas:

O gatilho e a experiência da emoção ampliam a consciência sobre o que dispara as emoções sentidas. Já o comportamento se traduz em ações mais construtivas.

Sentir uma emoção é algo inevitável. Porém, podemos ampliar nossa consciência sobre este processo, sendo possível aprender a ter reações diferentes das habituais ou automáticas.

Dicas!

Para refletir sobre as emoções e aprofundar seus conhecimentos, você pode:

  • Assistir ao documentário Quem Somos Nós (What the Bleep We Know?, EUA, 2004).
  • Assistir à série americana Engana-me se Puder (Lie to Me).
  • Ler o livro A Linguagem das Emoções, de Paul Ekman.

As emoções são processadas por diferentes regiões de nosso cérebro e muitas delas fazem parte do chamado sistema límbico, do qual podemos destacar as estruturas:

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Tálamo

Hipotálamo

Amígdala cerebral

Hipocampo

Este é um importante regulador do comportamento emocional, por conectar muitas das estruturas do sistema límbico.

É um importante centro regulador de diversas funções no corpo como regulação térmica, sexualidade, combatividade, fome e sede. Seu papel nas emoções relaciona-se com o prazer e a raiva, assim como a aversão, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. O hipotálamo também tem papel fundamental na comunicação entre as diferentes vias do sistema límbico.

Temos duas amígdalas cerebrais, a direita e a esquerda. Elas são pequenas e em forma de amêndoa, atuando como um centro neuronal para a emoção. São fundamentais para a autopreservação, por ser o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para fugir ou lutar.
Pacientes com lesões ou outros danos na amígdala direita demonstraram uma perda de autoconsciência emocional, ou seja, a capacidade de estarmos conscientes de nossos próprios sentimentos e entendê-los.
Mas cuidado! Sua estrutura, embora com o mesmo nome, não tem nenhuma relação com a amígdala palatina, aquela que fica no fundo da garganta.

Temos dois hipocampos, o direito e o esquerdo. Eles estão particularmente envolvidos com os fenômenos de memória, em especial com a formação da chamada memória de longa duração, aquela que pode persistir, em determinados casos, por toda a vida. Quando ambos os hipocampos são destruídos, nada mais é gravado na memória. O indivíduo esquece rapidamente a mensagem recém recebida. O hipocampo intacto permite ao animal comparar as condições de uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher a melhor opção para garantir sua preservação.

Essas estruturas são algumas das envolvidas no processamento das emoções, mas de forma geral pode-se dizer que as informações sensoriais que chegam são transmitidas para algumas estruturas específicas no cérebro. A partir de memórias já existentes, o estímulo, originalmente neutro, adquire uma conotação afetiva, um significado biológico. Então, são enviados sinais aos nossos sistemas motores para que estes possam atuar.

As emoções expressam-se fisicamente no corpo por meio de dois tipos de atividades:

  • Interna: São manifestações somáticas (expressão facial, tremores, etc), autonômicas (taquicardia, sudorese, etc) e endócrinas (liberação de hormônios).
  • Externa: São os comportamentos voluntários.

O conjunto de componentes responsáveis pela emoção também varia na ordem e no número em que é apresentado, podendo também ser classificado da seguinte forma:

Autonômico – mudanças involuntárias no corpo que podem gerar sensações. Envolve, por exemplo, aumento dos batimentos cardíacos, aceleração da respiração e maior irrigação do sangue para os membros.

Hormonal – vários hormônios liberados na corrente sanguínea que reforçam as reações autonômicas. Cada emoção envolve uma química diferente e específica. No caso do medo, por exemplo, um dos hormônios liberados é o cortisol e, na alegria, as endorfinas.

Pensamentos que acompanham as emoções, dando um sentido às sensações.

Resposta ou reação à emoção, resultando em uma ação.

Considerando as estruturas que compõem o sistema límbico, analise as sentenças a seguir, selecione a opção que melhor as completam e, depois, clique em Confirmar:

A
O
 
Tálamo Hipocampo Hipotálamo Amígdala
é a estrutura responsável pela memória, permitindo ao indivíduo comparar uma ameaça atual com experiências passadas similares.

B

Tendo um papel fundamental na comunicação entre as diferentes vias do sistema límbico, a estrutura
 
Tálamo Hipocampo Hipotálamo Amígdala
atua também como centro regulador de funções no corpo como a regulação térmica, a sexualidade, acombatividade, a fome e a sede.

C

Possuindo pequeno tamanho e formato de amêndoa, a estrutura
 
Tálamo Hipocampo Hipotálamo Amígdala
é fundamental para a autopreservação, por ser o centro identificador do perigo.

D

A estrutura denominada
 
Tálamo Hipocampo Hipotálamo Amígdala
é um importante regulador do comportamento emocional, por conectar muitas das estruturas do sistema límbico.

A seguir, confira as respostas corretas:
A: Hipocampo.
B: Hipotálamo.
C: Amígdala.
D: Tálamo.

Vimos quais são as circunstâncias em que as emoções ocorrem, as etapas do processo que as formam, bem como as estruturas cerebrais e demais componentes envolvidos.